Quarta-feira, 19 de Agosto de 2009

Segurança, religião e publicidade impedem jogadores de festejar golos sem camisola

Retirado do Publico on-line, aqui vos deixo esta notícia que merece, naturalmente, a nossa reflexão.

                

                    

Segurança, religião e publicidade estão na base do castigo aplicado a um jogador de futebol que retire a camisola para festejar um golo. O último a sentir na pele os efeitos desta punição foi o sportinguista Simon Vukcevic, que, ao ver o segundo amarelo, acabou expulso no confronto com a Fiorentina, na última terça-feira (2-2), em Alvalade, complicando a passagem da sua equipa à fase de grupos da milionária Liga dos Campeões.

Todos os jogadores estão bem conscientes das consequências dos festejos mais desbragados de um golo, nomeadamente quando cedem à tentação de tirar a camisola (Cristiano Ronaldo que o diga), mas continuam a desafiar os árbitros. Muitos criticam esta medida do International Board da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado), nomeadamente Gilberto Madaíl (ver caixa), presidente da FPF (Federação Portuguesa de Futebol), mas poucos sabem todas as razões que estiveram na sua origem.

A segurança surge no topo das suas fundamentações. “Havia jogadores que, depois de marcarem golo, tiravam a camisola ou metiam-na sobre a cara e dirigiam-se aos espectadores adversários ou ao banco dos suplentes na área técnica adversária, provocando-os”, explicou ao PÚBLICO Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP (Liga Portuguesa de Futebol Profissional), instrutor da FIFA e ex-membro do Comité de Arbitragem da UEFA. Atitudes que resultaram “em violência em vários jogos”, acabando por integrar o rol de “comportamentos antidesportivos” do organismo máximo do futebol mundial, com punição obrigatória.

Mais inesperada (ou não) será a preocupação religiosa que reforçou a determinação da FIFA neste particular. “Os muçulmanos são, por motivos religiosos, contra a exibição do corpo nu, o que acontece parcialmente quando um jogador tira a camisola, ou a puxa para cima da cabeça. Como o futebol é um jogo global, deve respeitar-se estas crenças religiosas”, esclareceu Vítor Pereira, que remeteu para um plano secundário as questões publicitárias. “Foi o terceiro vector e o menos determinante para isso, já que seria resolvido com punições, nomeadamente pecuniárias, sem ser necessária a punição desportiva”, revelou.

Publicado por Re-ligare às 23:01
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